A recente e trágica notícia do falecimento de uma influencer brasileira, Luana Andrade, após uma cirurgia de lipoaspiração para tratar o lipedema trouxe à tona a discussão sobre essa condição pouco conhecida, mas significativa. Este evento nos lembra da importância de entendermos melhor essa doença, especialmente sua relação com a menopausa, para promover uma abordagem de saúde mais informada e empática para as mulheres.

O que é lipedema?

O lipedema é uma doença crônica do tecido adiposo, caracterizada pelo acúmulo simétrico de gordura, principalmente nas pernas e, às vezes, nos braços. A condição é quase exclusiva das mulheres e pode ser acompanhada de dor e sensibilidade ao toque. Diferente da obesidade comum, o lipedema não responde a dietas ou exercícios convencionais, o que pode ser frustrante para quem sofre com a doença.

Lipedema e a menopausa

Durante a menopausa, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças hormonais que podem influenciar várias condições de saúde, incluindo o lipedema. A diminuição dos hormônios estrogênio e progesterona pode agravar os sintomas da doença, como o aumento da dor e do acúmulo de gordura. Estudos sugerem que a patofisiologia do lipedema pode ser desencadeada durante períodos de flutuação hormonal, como a menopausa, e que o estrogênio pode desempenhar um papel significativo no acúmulo excessivo de tecido adiposo associado ao lipedema (Katzer et al., 2021).

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Impacto do lipedema na vida das mulheres

O lipedema vai além de uma questão estética; ele afeta profundamente a qualidade de vida, podendo levar a problemas de mobilidade, dores crônicas e, em casos como o da influencer mencionada, a necessidade de tratamentos invasivos. As histórias de mulheres com lipedema são repletas de desafios, mas também de força e resiliência.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do lipedema é principalmente clínico e pode ser apoiado por exames de imagem. O tratamento varia de acordo com a severidade da condição e pode incluir terapia de compressão, fisioterapia, suplementação nutricional e, em alguns casos mais graves, cirurgia. No entanto, é fundamental que as mulheres sejam plenamente informadas sobre os riscos e benefícios de qualquer procedimento.

O caso da influencer brasileira

A história da influencer, Luana Andrade, que perdeu a vida, é um lembrete doloroso dos riscos associados a procedimentos cirúrgicos. É essencial que haja uma discussão aberta e honesta entre médicos e pacientes sobre todas as opções de tratamento disponíveis, incluindo seus possíveis resultados e complicações.

Gerenciamento do lipedema durante a menopausa

Adotar um estilo de vida saudável é fundamental para gerenciar os sintomas do lipedema, especialmente durante a menopausa. Uma dieta balanceada, exercícios físicos adaptados e suporte emocional são peças-chave para manter o bem-estar.

Conscientização e apoio

A conscientização sobre o lipedema ainda é limitada, e muitas mulheres sofrem em silêncio. É hora de mudar essa realidade! Informação e suporte podem transformar vidas, e cada mulher que fala sobre sua experiência contribui para essa mudança.

Conclusão

A saúde feminina é complexa e multifacetada. Ao abordarmos temas como o lipedema e a menopausa, reforçamos o compromisso com o cuidado e o suporte às mulheres em todas as fases da vida.

Convidamos você a se juntar à conversa. Se você ou alguém que conhece está lidando com o lipedema, não hesite em buscar apoio. Compartilhe essa matéria com mais mulheres, e vamos juntas ampliar a rede de suporte e informação.

Referências Bibliográficas

• Katzer, K., Hill, J. L., McIver, K. B., & Foster, M. (2021). Lipedema and the Potential Role of Estrogen in Excessive Adipose Tissue Accumulation. International Journal of Molecular Sciences, 22(21), 11720. 
• Drauzio Varella. (n.d.). Lipedema: o que é, sintomas e tratamento.
• Quem (2023). Amiga revela que Luana Andrade, morta aos 29 após lipo nos joelhos, tinha lipedema.